Brutal paliza a militante de la organización de la izquierda independentista galega Causa Galiza por fascistas con “clara intención homicida”
Un vecino de Ferrol, de 35 años y militante de la organización independentista Causa Galiza, cuyo nombre responde a las siglas F.M.R., sufrió durante la madrugada del viernes de la pasada semana una brutal paliza en pleno centro de la ciudad por parte de un numeroso grupo de fascistas.
Los hechos tuvieron lugar pasadas las 06.00 horas en la calle Magdalena. Según el relato del propio joven, se encontraba junto con dos amigos volviendo a casa por la calle Real cuando se detuvieron a sacarse una foto “a modo de broma” con la estatua del “Capuchoncito”, una estatua en homenaje a los cofrades de la Semana Santa ferrolana. En ese momento, una turba “de ocho o diez personas”, relata, comenzaron a increparles y a gritarles “rojos de mierda”, por lo que decidieron alejarse del lugar, enfilando hacia la calle paralela.
De acuerdo con el agredido, el grupo de gente – desconocidos por él, salvo dos de ellos, pero “de Ferrol” por la forma de hablar– los siguió, continuando con los gritos hasta que la víctima se volvió para tratar de calmar la situación, recibiendo como respuesta un fuerte golpe que lo dejó inconsciente. Según ha relatado Causa Galiza, los agresores continuaron propinándole patadas en la cara al joven con una “clara intención homicida”.
Como resultado del salvaje ataque, la víctima fue trasladada al hospital Arquitecto Marcide, donde estuvo ingresado de urgencia durante 26 horas hasta que fue llevado a la unidad de cirugía maxilar del Chuac. El joven sufrió múltiples fracturas en el cráneo, una rotura de nariz, de pómulos y mandíbula y la pérdida de tres dientes, entre otras secuelas. El diagnóstico del centro médico recoge el “salvajismo intencionado de los autores”.
F.M.R. y un testigo de la paliza identificaron a una persona como uno de los participantes en el ataque. Una identificación que hicieron en la sede de la policía para asegurar que se registrara, agregando el nombre y la identidad de la persona. Aunque los hechos sucedieron el pasado 7 de marzo fue este 11 de marzo cuando F.M.R. presentó la correspondiente denuncia acompañado por su abogado.
El rostro del agresor era conocido por la víctima y el testigo, y fueron ellos quienes, a través de las redes sociales, quienes lo identificaron a través de una búsqueda en las redes sociales. Dado que la policía ya tiene en su poder. Fuentes independentistas indican que el presunto agresor estaría vinculado a otros incidentes anteriores llevados a cabo en la ciudad por la extrema derecha española.
El caso aún estaba pendiente de ser asignado a un tribunal en particular para iniciar el procedimiento. Existe cierta preocupación de que este retraso puede dañar a la víctima. Por ejemplo, en el lugar donde se produjo la agresión, hay una sucursal bancaria, cuyas cámaras de vigilancia podrían capturar imágenes relacionadas con las palizas o el grupo agresivo. Cuanto más se demore en solicitar el video, mayor será el riesgo de que el mismo no esté disponible.
Causa Galicia ha denunciado la agresión a través de las redes sociales: “Denunciamos a agressom fascista a um militante da nossa Organizaçom por parte de 8-10 indivídios na comarca de Trasancos. O sucesso produziu-se na noite da passada quinta-feira e o companheiro foi brutalmente agredido provocando-lhe várias fraturas e fisuras óseas na cabeça”.
Causa Galicia también ha advertido de la necesidad de parar la “normalización” de este tipo de acontecimientos y de la urgencia de una “respuesta amplia y plural a la aparición creciente de incidentes y agresiones provocadas por el fascismo español” a las calles de Galicia.
La organización independentista galega asegura que ha recibido además varios mensajes de alerta sobre incidentes similares contra militantes independentistas y denuncia que se producen discriminaciones por el uso de la lengua gallega por parte del estamento militar en Ferrol. En diciembre de 2018, un joven afiliado a Galiza Nova fue asaltado en Pontevedra para llevar una camiseta con la bandera del país.
(Fuentes: Sermos Galiza / Diario Liberdade / Diario de Ferrol / El Progreso)
Comunicado de Causa Galiza al respecto de la agresión sufrida por su militante:
Causa Galiza, como organizaçom política que nesta ocasiom se viu envolvida nas consequências dumha grave agressom fascista cometida sobre a pessoa dum dos nossos militantes, quere compartilhar e abrir o debate com o tecido associativista nacional e com os movimentos e militantes populares sobre umha série de reflexons de urgência ao fio dos acontecimentos recentes. Som as seguintes:
1-. Sem qualquer tipo de dramatizaçom, a agressom perpetrada em Ferrol implica, devido à sua intensidade, violência e possíveis consequências finais, um gravíssimo salto qualitativo a respeito de atuaçons similares que se cometem periódicamente na Galiza com autoria de sectores fascistas e xenófobos. Se hoje nom temos que lamentar factos irremediáveis nom é devido à intencionalidade dos autores da paliça, que pugérom tudo da sua parte para provocar o pior desenlace imaginável, mas à casualidade: todas as condiçons estavam dadas para que se produzisse o pior dos cenários possíveis.
2-. Num contexto como o atual, a finalidade política da agressom parece óbvia à vista do seu método, intensidade e consequências: além de linchar um “rojo de mierda”, provocar o pánico nas pessoas e sectores populares que defendem presupostos de ruptura democrática nacional e que som situados automáticamente no alvo da violência fascista. Por outra parte, é sintomática a coincidência espaço-temporal deste tipo de incidentes com o ascenso eleitoral e o aumento da presença eleitoral da extrema direita no Reino de Espanha e com a crise estrutural do regime espanhol de 1978. Que a violência fascista é funcional à saída autoritária da presente crise que prepara um sector da oligarquia espanhola é, da nossa ótica, algo incontornável: a normalizaçom do fascismo nas ruas e na esfera institucional, a permissividade social com certos níveis de impunidade e a instauraçom dumha sorte de terror seletivo som partes consubstanciais deste processo de involuiçom antidemocrática e fascistizaçom.
3-. O silêncio dos principais meios de difusom sobre um facto da gravidade do resenhado exibe sem ambiguidades a sua indiferença —quando nom cumplicidade, por ativa ou por passiva— com os agressores e os seus factos. Que a realizaçom de pintagens numha igreja católica seja objeto dum tratamento informativo infinitamente mais intenso do que a tentativa de assassinato dumha pessoa desvela com absoluta claridade quais som os interesses e a escala de prioridades destas empresas e a sua conivência com os autores da tunda. Mais umha vez, a possibilidade dumha informaçom veraz pivotou, exclusivamente, sobre o entramado mediático de orientaçom soberanista.
4-. Que os três partidos da extrema direita espanhola na Galiza guardassem estrito silêncio sobre o acontecido indica a sua tolerância e permissividade. Um outro comportamento aplicam quando quem é denunciada é a reaçom política desde o campo popular. O critérioantiterrorista que criminaliza e incluso judicializa e ilegaliza determinadas organizaçons quando nom exprimem o seu repúdio perante certos acontecimentos —vejam-se as duas ediçons da Operación Jaro— bem poderia ser aplicado nesta ocasiom à vista do silêncio de PP,Ciudadanos e Vox perante umha tentativa de assassinato. Evidencia-se que a implementaçom dos chamados delitos de ódio, mais do que procurar a proteçom de minorias sociais discriminadas, pretende a criminalizaçom e repressom exclusivas da dissidência política.
5-. Dar cumprida e contundente resposta popular a este tipo de atuaçons é vital para os sectores confrontados com o atual regime neofranquista quando pretende alargar os espaços de impunidade e autoritarismo paraestatais e converter o exercício das liberdades democrático-formais mais primárias em atividade de risco. Esta resposta deve integrar a informaçom e denúncia intensivas e extensivas, a implicaçom dos sectores mais amplos possíveis, a identificaçom dos agentes cúmplices, a açom penal, a solidariedade com as pessoas afetadas e a autodefesa num contexto em que os sectores afetados devem proteger-se perante um fascismo em ascenso e um entramado de partidos, meios, poderes institucionais, corpos repressivos, etc. que maioritariamente optam por colocar-se de perfil.
6-. A pervivência do fascismo nos aparatos do Estado espanhol e a vitalidade sociológica que nele apresenta a extrema direita som no tempo a consequência lógica da fraude conhecida como Transición Española, que possibilitou a conversom controlada do regime ditatorial num regime democrático formal mantendo nos postos de direçom os mesmos sectores que pilotavam a situaçom desde 1936. A perspectiva da definitiva superaçom do neofranquismo na Galiza, à vista da correlaçom de forças existente no Reino de Espanha e da inviabilidade da democratizaçom do Estado espanhol em relaçom à questom nacional, passa, necessariamente, polo desenvolvimento dum processo de ruptura democrática nacional e independência. Rematar com o fascismo é, portanto, consubstancial ao exercício unilateral do direito de autodeterminaçom.
Causa Galiza, em 13 de março de 2019
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